quinta-feira, 18 de março de 2010

Solzão e pensamentos

Hoje foi um dia ímpar. Confesso que bateu certo medo de ir ao evento da SEPROR, não pela Secretaria, mas porque da última vez sofri um acidente quando estava voltando para casa. Mas fui...

Nestes últimos 4 anos, tenho vivido "um dia de cada vez". Tá, meio plágio do slogan "só por hoje" do NA, confesso, mas como alguém que luta contra a maldita cocaína, tenho aprendido que é só o "hoje" que conta. E a cada amanhecer, agradeço a Deus por meu filho continuar vivo.

E é sobre filhos que quero escrever. Aliás, preciso. Não precisasse, talvez nem tivesse pensado em reativar este blog.

À tarde participei de uma audiência no Conselho Tutelar. Fui testemunha. Horas de espera, e eis que uma senhora, com bebezinho de colo, me perguntou se eu não queria "ficar" com a filha dela, de 14 anos. Eu, que tenho pesquisado sobre tráfico de pessoas e considero essa prática de "dar filho pra alguém cuidar" crime dos brabos, tive que me controlar pra não dar sermão (leia-se 'porrada no meio da cara') daquela mãe...

Lembrei do Carlos Alberto. 53 anos. No crime, desde os 9. Muitos anos pra cumprir. Sua mãe teve 14 filhos. Deu todos. Inclusive ele...

Mal comparando, minha cadelinha tem filhotes e ninguém chega perto. E as mães "dão" os filhos. E essas que conheço, continuam tendo filhos. No meu pensar menos educado, estes são mesmo "filhos da puta". E nem peço perdão pelo francês.

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