sábado, 14 de agosto de 2010

Renovada!

No day after, acordei com o converseiro das equipes que trocavam plantão. O médico que tinha me atendido no dia anterior estava lá e veio falar comigo. Eu, toda amarrada, pedi que me soltasse e falei que queria ir pra casa. Ele me olhou longamente e o seguinte diálogo ocorreu:
Ele: - Você não tem ideia do que aconteceu ontem, não é?
Eu: - Tenho sim. Eu quase morri. 
Ele: - Não, você morreu cinco vezes. 

Fiquei em silêncio um tempão. Não sabia o que dizer, o que pensar. Estava me sentido bem, como há muito não me sentia. Se deixassem, iria a pé até Itacoatiara. :) E a ficha continuou sem cair por muito, muito tempo...

De tarde, no horário de visita, estava ansiosa pra ver as pessoas. O primeiro que entrou foi o Silvestre, amigo querido. Sua presença reconfortante me fez lembrar da Doutrina Espírita e de algumas coisas que tinham ocorrido no dia anterior. Depois, a porta abriu e entrou minha mãe. Eu quis chorar, ela fez um gesto para que eu não chorasse e ficou ao meu  lado na cama. Falou aquelas coisas que só as mães sabem dizer pra reconfortar a gente. Depois vieram minha irmã, a Michelle, o meu irmão Paulo e, por fim, meu filhão. Eu não lembrava de ter-lhe acusado do incidente e ele também não mencionou... Só ficamos assim, juntinhos, porque na vida a gente nasce pra isso...

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