domingo, 23 de dezembro de 2007

ON e OFF

"Assim como todas as portas são diferentes, aparentemente todos os caminhos são diferentes, mas vão dar todos no mesmo lugar. O caminho do fogo é a água, assim como o caminho do barco é o porto. O caminho do sangue é o chicote assim como o caminho do reto é o torto. O caminho do risco é o sucesso assim como o caminho do acaso é a sorte. O caminho da dor é o amigo. O caminho da vida é a morte." (Paulo Coelho)
 
 
Sou estranha. Ao longo da vida, me descobri "portadora" de um botão de OFF. Obviamente meu ON funciona muito bem, mas confesso, com certo pesar, que o OFF sempre me angustiou. Foi, inclusive, motivo de longas sessões de terapia que de nada serviram para tirar esse mecanismo de defesa que trago em mim desde sempre.
Saí do Sat. Mantenho meu respeito pela magnitude do canal, mas não por algumas pessoas. Por outro lado, me recuso a falar mal de A, B ou C. Pessoas são vistas como objeto. Faz parte. Não cabe a mim julgar o caráter, o background de ninguém. Tudo tem seu tempo certo...
 
Mas o que ainda me angustia é o tal botão. Durante meses, minha paixão foi por um projeto, ao qual dei os primeiros tons, e consegui, sem falsa modéstia, tornar reconhecido muito mais longe do que esperei. Tive a honra de ter o Secretário Geral da Presidência solicitando uma apresentação de tudo o que, durante meses, fiz sozinha. Apresentei a proposta do Sat Educação para o Ministro da Educação e sua equipe. Hoje, procuro aqui dentro um pouco deste sentimendo que tanto me motivou... nem rastro dele. Como deve ser? Será?
 
No mais, outros ventos sopram por aqui. Profissionalmente, recebi alguns convites interessantes. Tenho, ainda, os livros que deixaram de ser escritos porque adotei como meus objetivos de vida de outrem e me deixei de lado. Aprendi. De novo. E sei que, daqui a pouco, passional como sou, vou assumir outros sonhos que nem meus são. O compromisso de não me deixar pelo meio do caminho, porém, está marcado com sangue.
 
Pessoalmente, eis que ele chegou de mansinho. Meigo, doce, excelente como homem, menino como deve ser. Na hora certa. E o sorriso dado, sem que ele entendesse, quando na lanchonete, conversando sobre preferências em refrigerantes, ele disse... Fanta Uva! :) Não tentei explicar. Sorri e continuei sorrindo a noite toda... e foi assim que acordamos também.
 
É bom conhecer alguém com quem é possível sorrir o tempo todo. Meu presente de Natal, embora eu confesse que não me comportei tão bem como deveria em 2007.
 
O que vai acontecer? Não sei. Profissionalmente, quero férias. Em janeiro volto a pensar sobre isso. Aqui, dentro do meu coração, deixo rolar. Nunca fui dada a paixões arrebatadoras. Deixo a cargo do tempo. Enquanto isso, vou aproveitando os risos, os abraços e a conversa tão deliciosa. Como deve ser...

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