s.f. Ato ou qualidade de cúmplice; participação num crime, num delito. / Conivência, entendimento.
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Você é cúmplice de alguém? Tem certeza que não? Pois eu sou... e de muita gente! Há alguns anos, quando ainda trabalhava na Paulo Feitoza, foi com o Rafael, amigo querido. Bastava nossos olhares se cruzarem, mesmo sem palavras, e a gente caía na gargalhada. Era como se um lesse os pensamentos do outro. Antes dele, houve a Kaelly, a Maricilda, o Edalton, o Rezec.
Na família, sem dúvida, sempre foi muito forte com a Dani e o Paulo, meus irmãos. Com o Abrahão nunca foi assim, apesar de ser o irmão com quem tive menos atrito nesta existência. Quando estamos juntos - eu, Paulo e Dani - a mamãe se recusa a ficar por perto. Diz que a gente nunca termina uma frase de tanto que nos entendemos. E é verdade. Com o Paulo, então, isso é terrivelmente legal! :)
Mas com meu filho o universo é outro. Não precisamos de palavras, olhares, de nada. Eu sei que ele existe. Ele sabe que eu estou aqui. E de alguma forma meu amor deve chegar até ele, eu sinto.
E sim, estou chorosa. Mas não triste. Sinto saudades do meu filhão, mas penso no quão necessário foi esse distanciamento. Sinto saudade dos meus sobrinhos, Mark e Marcos, filhos da Dani. E meio filhos meus também, até porque com eles a cumplicidade também é imensa.
Ao mesmo tempo, meus dias têm sido repletos de descobertas e novos desafios. E hoje foi mesmo um dia especial: tive em minhas mãos o primeiro exemplar do meu livro. Fiquei emocionada. Tantos anos, tantas pesquisas, tanta coisa que eu ACHO que entendi e que, por coragem, coloquei em palavras e as palavras em frases e as frases em parágrafos... e assim foi, até que nasceu o livro. Nasceu... de mim, das minhas entranhas, dos pensamentos que nunca dividi com ninguém. Visão certa ou errada, é a minha visão de mundo que está ali, num livro. Agora é só administrar o ego.
Mas eu continuo com saudade do meu filho. E sei que nisso também somos cúmplices. Ele escreveu pra mim e até consegui acalmar o peito de mãe... porque sei que somos cúmplices na vida. E porque sei que é dele que brotará minha imortalidade porque dele nascerão meus netos e bisnetos. E dele também seguirá a vida do meu pai. E da minha mãe. E de todos os outros que vieram antes e que, geneticamente, nos permitiram chegar até aqui.
Eu também escrevi para ele. Disse que já plantei diversas árvores. Escrevi muitos livros e vou ter o primeiro publicado. Mas que não importa o que eu faça, quanto eu trabalhe, quanto eu estude, quanto eu aprenda, quanto eu escreva, quanto eu pinte, quanto eu até cante: ele será sempre, sempre, sempre a minha melhor obra.
Sou sua cúmplice também. E neste momento, não importa quem você seja, porque cada vez que me visita, lê um pouco de minha alma. Isso é cumplicidade. Como deve ser.
Você é cúmplice de alguém? Tem certeza que não? Pois eu sou... e de muita gente! Há alguns anos, quando ainda trabalhava na Paulo Feitoza, foi com o Rafael, amigo querido. Bastava nossos olhares se cruzarem, mesmo sem palavras, e a gente caía na gargalhada. Era como se um lesse os pensamentos do outro. Antes dele, houve a Kaelly, a Maricilda, o Edalton, o Rezec.
Na família, sem dúvida, sempre foi muito forte com a Dani e o Paulo, meus irmãos. Com o Abrahão nunca foi assim, apesar de ser o irmão com quem tive menos atrito nesta existência. Quando estamos juntos - eu, Paulo e Dani - a mamãe se recusa a ficar por perto. Diz que a gente nunca termina uma frase de tanto que nos entendemos. E é verdade. Com o Paulo, então, isso é terrivelmente legal! :)
Mas com meu filho o universo é outro. Não precisamos de palavras, olhares, de nada. Eu sei que ele existe. Ele sabe que eu estou aqui. E de alguma forma meu amor deve chegar até ele, eu sinto.
E sim, estou chorosa. Mas não triste. Sinto saudades do meu filhão, mas penso no quão necessário foi esse distanciamento. Sinto saudade dos meus sobrinhos, Mark e Marcos, filhos da Dani. E meio filhos meus também, até porque com eles a cumplicidade também é imensa.
Ao mesmo tempo, meus dias têm sido repletos de descobertas e novos desafios. E hoje foi mesmo um dia especial: tive em minhas mãos o primeiro exemplar do meu livro. Fiquei emocionada. Tantos anos, tantas pesquisas, tanta coisa que eu ACHO que entendi e que, por coragem, coloquei em palavras e as palavras em frases e as frases em parágrafos... e assim foi, até que nasceu o livro. Nasceu... de mim, das minhas entranhas, dos pensamentos que nunca dividi com ninguém. Visão certa ou errada, é a minha visão de mundo que está ali, num livro. Agora é só administrar o ego.
Mas eu continuo com saudade do meu filho. E sei que nisso também somos cúmplices. Ele escreveu pra mim e até consegui acalmar o peito de mãe... porque sei que somos cúmplices na vida. E porque sei que é dele que brotará minha imortalidade porque dele nascerão meus netos e bisnetos. E dele também seguirá a vida do meu pai. E da minha mãe. E de todos os outros que vieram antes e que, geneticamente, nos permitiram chegar até aqui.
Eu também escrevi para ele. Disse que já plantei diversas árvores. Escrevi muitos livros e vou ter o primeiro publicado. Mas que não importa o que eu faça, quanto eu trabalhe, quanto eu estude, quanto eu aprenda, quanto eu escreva, quanto eu pinte, quanto eu até cante: ele será sempre, sempre, sempre a minha melhor obra.
Sou sua cúmplice também. E neste momento, não importa quem você seja, porque cada vez que me visita, lê um pouco de minha alma. Isso é cumplicidade. Como deve ser.
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