quinta-feira, 7 de junho de 2007

Amores virtuais

Neste último mês, quase não tive tempo de respirar. Pela primeira em diversas semanas pude me dar ao luxo de "me cuidar", de assistir a um filme, de concentrar meus pensamentos e canalizar para escrever o que efetivamente preciso, eu, pessoa, nada de profissional.

Quando desisti do outro blog foi justamente pelo tempo que cada vez mais ficava escasso. Hoje, ao escutar Tom Cleber, faço uso de seus versos e mando um recadinho pro meu "marido" (ou quase) virtual: "Oh, meu amor, não fique triste, saudade existe pra quem sabe ter/ Minha vida cigana me afastou de você/ Por algum tempo vou ter que viver por aqui longe de você, longe do seu carinho e do seu olhar/ Que me acompanha já tem muito tempo/ Penso em você a cada momento/ Sou água de rio que vai para o mar [...] Meu coração bate tanto quando te vê/ É a verdade que me faz viver".

Sou água de rio mesmo. E o mar é essa terra magnífica que merece o esforço que está sendo feito pra levar informação, formação, qualificação e capacitação profissional pra quem nunca teve a oportunidade de ir à escola, de frequentar uma universidade. Sim, estou apaixonada por este projeto. E esse meu jeito intenso é que me faz ficar emocionada com cada nova conquista, com novos adeptos, com os olhos dos outros brilhando quando eu conto do Amazon Sat Educação e de como isso vai contribuir pra vida das pessoas. Mas peraí: essa é uma via de mão dupla. Não é só levar informação, porque esse povo tem muito o que ensinar. E como!

Na parte de produção do "Homem da Floresta", muitos projetos também. O principal deles é a subida ao Pico da Neblina. Tantas idéias, tanta coisa a ser feita! Fico pensando que Deus sabia o que fazia quando colocou o Dr. Euler em minha vida. Eu acho que se ele fosse meu pai, não nos daríamos tão bem. É uma sintonia que raras vezes encontrei na vida. E isso pra não falar do amor, claro. Eu sinto saudades se fico dois dias sem o ver, acredita nisso? E nesses anos todos, poucos dias ficamos sem conversar. Hoje, ele no Rio, me ligou de dentro de uma biblioteca. Conversamos por uns 20 minutos, mas foi tanta coisa, tantos projetos que eu desliguei o telefone rindo e pensando que o dia bem que poderia ter 72 horas. Só de vez em quando. :)

O convênio entre a UERJ e a UEA foi aprovado e começamos a pós em Gerontologia agora em julho. Ano que vem, se Deus permitir, teremos a Unati, numa parceria também entre essas duas instituições. No ano seguinte, iniciaremos a Fundação para cuidar de idosos da região.

Mais? Nosso livro, "Do Começo ao Fim", será lançado em outubro, junto com uma reedição do Viver 100 Anos. Em produção já está o "Somos Assim: reminiscências do Homem da Floresta", outra obra escrita a 4 mãos, que vai contar um pouco do que vimos e vivemos durante nossas viagens pelos municípios da Amazônia.

Em outubro teremos a VIII Jornada de Gerontologia. Nesta próxima semana, o curso de Gerontologia da Nilton Lins. E eu acabo de me emocionar porque "fazei de mim um instrumento" é coisa séria, profunda e que me enche de alegria. Acho que não consigo diminuir o ritmo. E nem quero...

Mas a verdade é que eu senti falta de registrar meus pensamentos e minhas andanças aqui. Cá estou. Lá estou... Como água de rio que vai para o mar. Como deve ser. :)

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pela "lembrança". Fique tranquila, não vou dar pissica por voce estar fazendo o que gosta. Pelo contrário, morri de inveja, (no bom sentido) quando voce diz que vai trabalhar no projeto Pico da neblina. Ainda vou lá e também ao Monte Roraima assim que puder.
Sucesso por aí!